quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

dispersão

com um esforço consciente para não dispersar muito algumas das ideias iniciais (pano para mangas), acabei a minha review ao fin. por todo o lado imperam os elogios. justos.

nas pausas desse disco, a preguiça pôs-me a ouvir os grateful dead (acontecimento sazonal pouco frequente). existe alguma funcionalidade prazenteira em deixar os discos discorrerem durante a tarde, mas cada vez mais me apercebo que são os arranjos tradicionais do workingman's dead a melhor coisa que eles fizeram.

encontrei também duas novas coordenadas na minha everlasting procura pela loner psych que já há muito devia ter explorado :

sempre tinha ignorado o alastair gailbraith porque tinha a impressão de que se tratava de algo na senda outsider garage muito the shaggs como é apanágio na nova zelândia - e para o qual já não tenho muita paciência. falha minha, porque mirrorwork é um disco incrível que descarta esse lado mais primitivo da flying nun por uma contenção que esboça canções numa suspensão fantasma sem fazer desse enviesamento uma razão de ser gratuita. comovente, talvez. assemblage blues deve-lhe muito.

na vizinha austrália e recuando até ao final dos anos 60 - espaço temporal primário de tudo isto - descubro um daqueles gajos amplamente citados, com inevitáveis comparações ao syd barrett ou ao skip spence que, sem razão, nunca tinha ouvido : pip proud que é, desde logo, um nome incrível. com todas as condicionantes para um culto de proporção jandek. loner, acima de tudo.

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