segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

eleições

se o díptico throne/self destruction apresentava um demarcar da obra-prima KA, entre o drone de sofá drogado e o rescaldo da dança em formas líquidas, respectivamente, toda a coerência interna pós-caitlin cook/calder martin espelhada nos interessantes sunbomber, alternation ou no gozo (por vezes) inconsequente de debt dept. mostrava o estúdio como um meio asséptico para as semi-canções dos excepter*. com mais de duas horas**, nunca presidence seria sinónimo de coerência. atirando-se a todas as suas tendências em planos distintos, é talvez essa a razão que faz dele o melhor álbum dos nova-iorquinos desde throne (o tempo revelará se não mesmo desde KA). dito isto, facilmente incorro no risco de hipérbole ao afirmar que muito dificilmente irei ouvir mais 10 discos em 2010 que o superem. brevemente irei escrever sobre ele. existe muita matéria que se dispersa. a ver se não desaparece.
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*obra outsider, black beach levou-os até à praia, mas estava mais próximo do naturalismo do jewelled antler do que da alienação urbana de outrora.
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**gravações entre 2003 e 2009.
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notas de qualidade : a suite 'teleportation' traz de novo o reverb do poço, enquanto 'presidence' é um solo do john fell ryan para sintetizador em igual medida acid-house e 'suicide'. sem deixar de invocar a kösmiche e tony conrad, simultaneamente. uma anomalia não distante de algo como "falsa música de dança" (que pode até nos melhores momentos ser uma descrição bastante sucinta dos excepter, curiosamente***). e sem um único beat.
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***epitomizado em 'interplay' ('your house' e 'back room')

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