domingo, 28 de fevereiro de 2010

baixa rotação nocturna

the cable house do andrew chalk não é uma novidade, mas enquanto paira uma ameaça subliminar de temporal e os dias se desenham a cinzento versão 2010, será essencial a sua descoberta. paira no seu próprio vazio, feito de uma estaticidade latente, sintomática de abandono. profundamente submerso na solidão, trata-se do disco mais "triste" que ouvi desde, sei lá, o disintegration loops do william basinski*. lindíssimo tratado sobre contenção, gere os semi-silêncios de um modo subtilmente tenso, conferindo a cada nota de piano que se solta uma dimensão humildemente majestosa. como se a sua lógica interna fosse seguida de um modo que se parece deslocar de tudo aquilo que o precedeu, revestindo-se de uma incomensurável emotividade. invocando essa mesma ausência. em pequenos gestos.
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*que poderá, com as suas diferenças, ser até uma referência pertinente.
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escrita letárgica (ou não fosse domingo) de abstracção sensitiva. ou meramente über-imagética. deve ser do avançado da hora. com agradecimentos à joana. defo.

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