segunda-feira, 8 de março de 2010

mclane à presidência

rever pela enésima vez o die hard (mesmo antes dos oscars) levou-me a clarificar três ideias latentes :
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trata-se mesmo do it's a wonderful life do cinema de acção.
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criando o john mclane demarcou-se claramente do eixo niilista (i.e. super homem) alicerçado em filmes over-the-top como o cobra, comando ou da saga rambo (c/ excepção do primeiro)*, profetizando a queda do grande herói americano filmada em toda a sua plenitude nesse meta-filme que é o last action hero.
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por ter realizado também o predator, desculpam-se ao mctiernan coisas como o hunt for the red october ou medicine man. ou grande parte de uma carreira muito desequilibrada.
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*enquanto reflexão (estereotipada) das dificuldades de adaptação ao american lifestyle dos veteranos da guerra do vietname, first blood vai muito para além do artificialismo estupidamente bélico e pirómano de todos os consequentes. e só tem uma morte.
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em sentido contrário a qualquer imediatismo presidence dos excepter é como o white album que ny merece. debati-me com o épico aqui.

1 comentário:

  1. Excelente introdução àquele que também é dos meus filmes favoritos e mais vistos de sempre, e parece que vai continuar a ser com cada nova vez que o vejo. Desta vez reparei mais atentamente na música (adoro aquelas passagens de batuque muito dramático num cano de metal, não sei explicar melhor) e na força que tem o filme pelo simples facto de não parar para subtexto político ou grandes filosofias. Sinto muita falta dessa falta de pretensão de alguns filmes dessa altura: 12 gajos maus num prédio e um herói de acção no lugar errado à hora errada. Nem há muito a teorizar a partir daí - perdes o tempo todo do filme a curtir a acção e as bocas. Lembro-me de ser puto e sair do cinema com a minha prima a pensar que um dia gostava de ser o John McLane.

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