segunda-feira, 16 de maio de 2011

circa #2

já o "sabia" de antemão (impulsionado pelo reconhecimento, algo tardio, do rarefeito bataille de battle e com poisson a servir como indicador meramente formal), e esse julgamento prévio/estúpido é determinante para o confirmar, mas o low fired clay escape de part wild horses mane on both sides tornou-se, sem reservas, no melhor disco que ouvi este ano, até agora. veio-me também parar às mãos numa altura em que ando a ouvir as bso's do stalker e do zerkalo pelo eduard artemiev*, o que acabou por o inserir num mindframe ambiental mais semelhante do que a a descrição "taking the cherry/blackwell duets and relocating them upwind of the alien soundtracks generated by japan’s taj mahal travellers" me faria supor. mesmo que, desta vez, a tendência über-hiperbólica do keenan tenha alguma razão de ser. encontro razões para o entusiasmo.

num mesmo contínuo, the wax heel de chora (espécie de agregado de algumas das figuras chave da cena improvisada de sheffield) constituiu o preâmbulo adequado para me aperceber definitivamente (slates era um bom indício) que a cidade respira uma boa onda comunal que vale a pena escavar com atenção, apesar da tendência ocasional para aquela onda "espiritual = malta a bater em coisas" que fizeram dos nnck um caso tão pointless como essencial. não propriamente off-the-radar e com uma identidade algo reconhecível. o que, em termos contextuais e com interesse comedido, já tinha acontecido há uns 3/4 anos atrás por via das bandas da (actualmente letárgica) frequency 13. e sem referenciar um passado à sombra dos cabaret voltaire ou human league.

*no momento em que escrevo isto, o clima está em modo tarkovsky, btw.

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