terça-feira, 13 de março de 2012

ventos

em dias algo tumultuosos, o pouco tempo que é dedicado a ouvir música quer-se o mais confortável possível. daí o regresso a discos familiares - por estes dias têm sido os três primeiros dos r.e.m., rastakraut pasta do moebius com o plank e o in sides dos orbital a ter esse papel de modo mais do que dignificante. este espaço sofre com isso, claro. por ora, e porque já o devia ter feito, deixo duas recomendações de duas pessoas que valem a pena ler :

o joão moço tem mantido o movimentos oblíquos com belos textos sobre aquilo que de mais vital se passa na comédia (e ele é um dos que melhor sabe sobre o assunto) e canções tão importante como a 'kill the lights' do dream.

menos activo, o alexandre elias deixou já algumas impressões interessantes no colpo grosso. mesmo que não ligue puto a games - nunca ouvi o visions, e posso estar enganado, mas a primeiras canções dela não deixaram grande impressão.

o resto do tempo tem-me permitido ver wild palms - objecto singular da televisão do início dos anos 90, talvez a tentar capitalizar a bizarria na ressaca do twin peaks. tem mão do oliver stone, o james belushi no papel principal e está bastante datada, mas tenho um soft spot por este tipo de objectos estilizados (pense-se nos filtros do manhunter do mann ou na plasticidade visual do csi:miami) e por toda a imagética corporativista paranóica e falsamente utópica de uma los angeles pejada de alusões oníricas. há também algo de nostálgico em tudo aquilo = memórias vagas da sua existência. admira-me que não seja objecto de culto em torno de malta embrenhada em torno da hauntology, hypnagogic pop, etc.

talvez a próxima semana seja mais activa por este espaço. há planos. por muito vagos que estes sejam.

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