quinta-feira, 12 de abril de 2012

ainda

sobre os talking heads e sem me querer alongar demasiado :

num determinado ponto considerava-os a minha banda favorita - foi das primeiras bandas que me fez dançar, numa altura em que uma militância indie completamente idiota me impedia inconscientemente de o fazer - ou simplesmente porque quase tudo aquilo que ouvia não o possibilitava*. serviram também como um interlúdio estranhamente adequado para me submergir pelo r&b (curiosamente, foi também por esta altura - 2001, para aí - que comecei a compreender a genialidade do prince, se uma ligação remota fosse necessária). além disso, que melhor disco poderia existir do que remain in light (depois de ter descoberto, pouco tempo antes, o stop making sense a friendly price numa worten) para alguém que, como eu, na altura andava obcecado com noções de experimentalismo em torno da canção?**

* houve também, mais ou menos por essa altura, um período de imersão pelo post-punk circa 78/82 como espaço de manobra para que fosse possível dançar sem me sentir estúpido (enfim, teen angst). todo o aspecto cerebral desse período que é hoje a razão pelo qual não ligo puto a nenhuma dessas bandas - a que não ajudou o revival encabeçado por cenas como os rapture e demais filiações à DFA. com excepção, talvez, no Y de pop group. this heat é outra coisa, obviamente.

** daí a chegada a miss e...so addictive e a todo o mundo de possibilidades consequentes.

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