quinta-feira, 12 de abril de 2012

breakfast of champions

a ausência total de posts neste espaço desde o balanço trimestral deve-se ao facto de, simplesmente, não ter ouvido qualquer produção recente ao longo destes dias - excepção a armor on, obviamente, e ainda tenho de ouvir new life da monica.

como tal, o tempo tem sido passado com prince, talking heads e police. regressos habituais :

o primeiro deve-se ao facto de ter andado a ler o livro sobre o sign o'the times pelo michaelangelo matos - leitura muito interessante, como seria de esperar, falhando apenas numa melhor articulação entre a descoberta do disco pelo matos em 87 (que poderia ser aprofundada, tendo em conta o facto de ele também ser de minneapolis) e a análise crítica posterior ao mesmo. serviu, acima de tudo - porque sign o'the times já há muito que está no panteão - para dar uma nova oportunidade ao graffiti bridge, e descobrir que apesar do filler normal num disco daquela dimensão - temporal e conceptualmente - existem momentos suficientes para compensar tudo aquilo que é supérfluo : só por canções como 'joy in repetition', 'elephants & flowers' ou 'thieves in the temple' já valeria a pena.*

também motivado pela 33 1/3 - entretanto deve estar a chegar a casa o use your illusion I & II pelo eric weisbard - fui desencantar os três álbuns dos talking heads produzidos pelo brian eno. more songs about buildings and food e fear of music continuam a ser brilhantes, mas remain in light ainda se eleva ligeiramente - por diversas razões, essencialmente técnicas, sobre o qual não me interessa muito estar aqui a discorrer. aguardo com algum ansiedade pelo livro do lethem - chronic city é um fascinante retrato de deriva em NY como já não pensei ser possível fazer - até porque num determinado ponto da minha vida considerava-os a minha banda favorita. ao ouvir estes discos hoje, percebo facilmente porquê.

e deveria haver muito mais amor pelos police. é certo que a voz do sting é potencialmente irritante - acquired taste? - ainda para mais quando se pensa no descalabro que é a carreira a solo, mas existem demasiadas canções incríveis para que se resuma a banda a um par de singles em constante rotação - 'every breath you take' e 'roxanne' levadas ao enjoo. mesmo que não tenham nenhum álbum perfeito - synchronicity e ghost in the machine andam perto, com a plena consciência de arriscarem um pouco mais - há todo um percurso absolutamente singular que merecia ser relembrado com mais frequência. e 'walking on the moon', claro.

*ausência gritante de músicas do prince no youtube. muito provavelmente, retiradas a pedido (ordem?) do próprio. tendo em conta a persona, não é minimamente surpreendente.

^^ post matinal para acompanhar o café. apenas.

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