quinta-feira, 3 de março de 2011

distância


depois de minutos perdidos a abordar de modo leviano aquilo que se convencionou chamar de chillwave com recurso a memory tapes, neon indian e washed out (apesar de ter gostado da 'belong'), a verdade é que os (poucos) ânimos ficaram tão refreados que nunca tive o mínimo de interesse em ouvir toro y moi. esta remistura de 'french' não vem mudar a situação, mas não deixa de ser um interessante exercício de transposição cinética da west coast para os centros londrinos. a(s) batida(s) convoca(m) o lado mais negro da ukg, com o tratamento de vozes em fundo a cimentar esta mesma ideia de modo igualmente ameaçador. mantendo a mesma estrutura, mas refutando o efeito do refrão para um fluxo que galvaniza uma certa paranóia subliminar. timing perfeito a cavalgar toda a atenção de que tem sido alvo os putos do OFWGKTA, nas vésperas da edição de goblin pela xl, e com underneath the pine a receber os esperados elogios. o que não será suficiente para que o ouça, a não ser que inconscientemente alguma canção do disco me agarre a atenção. o tempo é precioso, também.


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